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Crédito bancário cresce, com juros menores e inadimplência estável


As concessões de crédito livre dos bancos somaram R$ 605,0 bilhões em setembro, um crescimento de 8,1% na comparação com agosto, segundo o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgado nesta quarta-feira (29/10) pelo Banco Central (BC). No acumulado de 12 meses, a alta foi de 10,9%.

Entre os segmentos, as concessões para pessoas físicas cresceram 3,1% no mês, para R$ 327,10 bilhões, indo na contramão de agosto, quando recuaram 2,0%. No acumulado em 12 meses o avanço foi de 10,7%. Já as concessões para empresas dispararam 14,5% em setembro, para R$ 278,0 bilhões, com alta de 11,1% em 12 meses.     

O volume de novos empréstimos e financiamentos registrou alta de 1,2% em setembro, na série com ajuste sazonal — que elimina efeitos pontuais, como variações no número de dias úteis. O total de crédito concedido passou de R$ 639,9 bilhões em agosto para R$ 647,7 bilhões no mês seguinte.

Entre os segmentos, as pessoas físicas tiveram um avanço mais tímido, de 0,2%, com R$ 358,7 bilhões em novos empréstimos. Já as pessoas jurídicas puxaram o resultado, com alta de 2,6%, totalizando R$ 289,5 bilhões.

No crédito livre total, as concessões ajustadas sazonalmente cresceram 0,1%, alcançando R$ 579,6 bilhões em setembro. Nos recursos direcionados, que incluem linhas específicas como habitacional e rural, houve aumento mais expressivo, de 6,8%, para R$ 69,3 bilhões.

Juro menor

A taxa média anual de juros cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito registrou leve queda em setembro, passando de 31,7% para 31,3% ao ano, recuo de 0,4 ponto percentual em relação a agosto. No acumulado de 12 meses, contudo, o indicador ainda mostra alta de 3,8 pontos percentuais.

Entre os segmentos, as pessoas jurídicas foram as que mais sentiram o alívio, a taxa caiu 0,8 ponto, chegando a 20,7% ao ano. Para as pessoas físicas, a redução foi mais modesta, de 0,1 ponto, com a taxa média em 36,2% ao ano.

Nos recursos livres, em que as instituições financeiras têm maior autonomia para definir condições de crédito, a taxa média recuou de 45,9% para 45,5%. Já nos recursos direcionados, como financiamentos habitacionais e rurais, a queda foi de 11,7% para 11,1%.

O spread bancário, que representa a diferença entre o custo de captação e o valor cobrado dos tomadores de crédito, também diminuiu, passando de 20,6 para 20,3 pontos percentuais. Nas operações com pessoas físicas, o spread recuou ligeiramente, de 25,7 para 25,6 pontos percentuais. Já nas operações com empresas, a diferença caiu de 9,3 para 8,9 pontos.

Inadimplência estável

A inadimplência média nas operações de crédito permaneceu estável em 3,9% em setembro. Entre os segmentos, a taxa de atraso entre as empresas recuou levemente, passando de 2,6% para 2,5% no mês. Já entre as famílias, o indicador se manteve em 4,8%, sem variação.

Nos créditos com recursos livres, em que predominam operações de maior risco e juros mais altos, a inadimplência caiu de 5,4% para 5,3%. Nos recursos direcionados, que incluem financiamentos habitacionais e rurais, a taxa permaneceu estável em 2%.

Fonte: correiobraziliense