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Déficit primário do Governo Central atinge R$ 14,5 bilhões em setembro de 2025


Em setembro de 2025, o Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social, enfrentou um déficit primário de R$ 14,5 bilhões. Esse valor representa um aumento significativo em relação ao déficit de R$ 5,2 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior, resultando em uma elevação real de 166,6%, já ajustada pela inflação medida pelo IPCA, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional em seu relatório nesta quinta-feira (30).

O resultado negativo deste ano foi influenciado por um crescimento real de apenas 0,6% (equivalente a R$ 1,1 bilhão) nas receitas líquidas, após as transferências para estados e municípios, enquanto as despesas totais aumentaram 5,7% (R$ 10,2 bilhões).

Além disso, o acumulado do ano mostra um déficit primário de R$ 100,4 bilhões, o que representa uma redução de 9,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 103,6 bilhões, já considerando a inflação. Este resultado é composto por um superávit de R$ 185,9 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central, contrabalançado por um déficit de R$ 286,3 bilhões na Previdência Social.

O déficit primário é a diferença entre as receitas e os gastos, excluindo os pagamentos de juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e o novo arcabouço fiscal estabelecem uma meta de déficit primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, o que permite um déficit de até R$ 31 bilhões.

Receitas e despesas

No último mês, as receitas líquidas apresentaram um crescimento de 5,8% em valores nominais, enquanto, descontando a inflação, a alta foi de 0,6%. Esse aumento foi impulsionado principalmente por uma elevação real de 11,9% (R$ 6,2 bilhões) na arrecadação líquida destinada à Previdência Social, influenciada pela dinâmica positiva do mercado de trabalho e pelo aumento dos recolhimentos do Simples Nacional previdenciário.

Por outro lado, as despesas também aumentaram, subindo 11,2% em valores nominais e 5,7% considerando a inflação. O crescimento foi especialmente notável nas despesas discricionárias, que são aquelas não obrigatórias, como investimentos e políticas públicas não essenciais, que aumentaram 100,9% (R$ 10,6 bilhões). Os principais fatores desse aumento foram os gastos em ações de saúde (R$ 4,1 bilhões) e outras despesas (R$ 2,9 bilhões).

O Tesouro ainda destacou que a comparação anual foi afetada pela antecipação, em setembro de 2024, do pagamento de R$ 4,5 bilhões (a preços de setembro de 2025) de precatórios federais referentes ao estado do Rio Grande do Sul, devido a uma situação de calamidade pública. Os precatórios são dívidas que o governo deve pagar em decorrência de sentenças judiciais definitivas.

Essa antecipação impactou principalmente as despesas relacionadas a Benefícios Previdenciários, Pessoal e Encargos Sociais, além de Sentenças Judiciais e Precatórios, resultando em uma redução nas despesas dessas categorias ao comparar setembro de 2024 com setembro de 2025.

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Fonte: metronews